O Baile da Máscaras - Capítulo 4

Eu realmente não sabia o que estávamos fazendo no Center Norte, lá nunca teve loja de fantasia ou alguma que vendesse máscaras, mas a Mari jurava que iríamos encontrar o que queríamos aqui.
 - Você... Ficou sabendo do Arthur? – Mari perguntou, com cautela
 - Que ele está com a Bia? Você nem tem idéia de como eu descobri... – respondi, e então contei tudo o que tinha acontecido semana passada.
 - Tem jeito pior de descobrir que seu melhor amigo está namorando do que pelo seu ex que já pegou a atual namorada do seu melhor amigo? – disse ela, rindo
 - Não, não tem. Você sabe que eu nunca gostei da Bia, não queria que eles namorassem.
 - Eu sei.  Mas ela sempre o quis, e deve ser por isso que não gosta de você, afinal, é a melhor amiga dele, e...
 - E o que?
 - Nada não. Olha a loja ai – ela disse, pegando a minha mão e me arrastando pra loja. O que ela queria me dizer? Seja lá o que for, esqueci quando entrei na loja. Nunca a vi, e me lembraria se a visse, era linda e chamava muito a atenção, principalmente porque tem a estampa de uma máscara dourada gigante nas portas de vidro. Entramos na loja que estava vazia, e por todo o lado tinha máscaras, brancas, pretas, as que escondiam apenas os olhos, as que tampavam o rosto inteiro, masculinas femininas, extravagantes, e várias outras, deve ser impossível não achar uma máscara naquela loja.
 - Posso ajudar? – disse uma atendente da loja, bondosamente. Ela é loira, tem os olhos azuis e um sorriso bondoso que conforta qualquer um. Gostei dela assim que a vi, parecia um tipo de fada madrinha.
 - Estamos procurando a máscara perfeita. Duas na verdade. – disse a Mari
 - Vocês vieram ao lugar certo. Venham, vou lhes mostrar as máscaras mais lindas que já viram.
                          
            Mari achou a sua máscara perfeita em menos de 30 minutos, uma máscara branca meio brilhante, com detalhes feitos com pérolas e lantejoulas, e algumas penas do lado direito. A máscara se encaixou perfeitamente em seu rosto, e ela ficou linda, mas a minha máscara era impossível de achar.
 - Desculpem garotas, mas essa é a última máscara que temos. – disse a atendente, Ana.
- Ah, sério? Não tem mais nenhuma? – perguntei já bem triste. Ela olhou pra mim com cara de quem realmente queria ajudar, até que seu rosto se iluminou, como se tivesse se lembrado de algo. Ela fez sinal para nós esperarmos, foi para o fundo da loja e voltou com uma caixa de madeira preta.
 - Estava guardando essa máscara para uma cliente especial, e acho que ela é você. – A vendedora então colocou a caixa em cima do balcão de vidro e a abriu. Dentro dela tinha a mascara mais linda que eu já tinha visto em toda a minha vida. Era toda preta e feita de plástico, sua parte superior tinha os contornos da ponta de uma coroa, e toda ela tinha detalhes majestosos e circulares.
 - Ela é... Ela é perfeita! – eu disse, pegando a máscara e colocando no meu rosto. Virei-me para a vendedora e para a Mari, e elas fizeram cara de surpresa. Curiosa, me virei para o espelho, e não acreditei quando vi. Ela se encaixava perfeitamente no meu rosto, e eu ficava praticamente irreconhecível com ela.
 - Não tem como ser outra. Vou levar.

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 - Vou tentar achar um taxi, já volto – disse a Mari, me deixando na porta do shopping. A Mari tinha finalmente devolvido o meu celular, e o V. respondeu minha pergunta sobre o baile, disse que essa também era uma pergunta proibida. Jesus será que tem alguma pergunta que eu possa fazer pra ele?
 - O que tanto você olha nesse celular? – disse a voz de um garoto. Virei
 - Diego! – eu disse, abraçando ele. Diego é um velho amigo, éramos bem próximos no 2° ano, ele só perdia pro Arthur, mas ele resolveu ir cursar o 3° ano na Austrália, e faz já um tempo que eu não o via. Estava mais alto, a pele mais bronzeada, os cabelos morenos, que antes caiam na sua testa, agora estavam curtos e arrepiados, seus olhos azuis tinham agora um brilho diferente. Ele estava mais bonito.
 - Quanto tempo eu não te vejo! Quando você voltou?
 - Faz duas semanas, mas quase não paro em casa. Tive que fazer um monte de coisas desde que voltei, inclusive uma prova na nossa escola.
 - Por que? Você não se formou lá?
 - Sim, mas eu precisava provar isso aqui. Então é como seu eu tivesse me formado com você.
 - Que bom que voltou, estava morrendo de saudades
 - Eu ia te ligar hoje, assim que chegasse em casa, mas acabei te encontrando aqui. Já sabe do Baile de Máscaras?
 - Claro que sei! Você vai?
 - Vou sim. Não aguento mais viajar, uma feste vai ser bem melhor no ano novo.
 - Manu, achei um taxi... Diego? Você voltou? – disse a Mari, abraçando-o
 - Voltei! Senti saudades de vocês
 - E a gente de você! Temos que sair um dia desses pra você nos contar tudo o que rolou na Austrália.

 - Tem razão, e vocês vão me contar tudo o que aconteceu aqui enquanto estive fora. Mas agora eu tenho que ir meninas, depois a gente se fala. – ele disse, dando um abraço em nós duas e indo embora. Nós entramos no taxi e demos o endereço da sorveteria perto da minha casa.

O Baile de Máscaras - Capítulo 3

Ele parou na porta, e ficou me olhando, esperando uma permissão pra entrar. O nó na minha garganta se apertou ainda mais, mal consegui dizer:
 - Vai embora.
 - Eu não saio daqui enquanto você não me ouvir.
 - Eu não vou te ouvir, e você vai sair daqui.
 - Manu, me escuta...
 - ESCUTAR O QUE? – eu disse, levantando da cama e fechando a porta atrás dele – O PORQUE VOCÊ ESTÁ NAMORANDO? O PORQUE VOCÊ ESTÁ NAMORANDO LOGO A BIA? OU O PORQUE VOCÊ NÃO ME CONTOU ISSO ATÉ AGORA? – eu já estava enxergando tudo embaçado, mas eu não ia chorar, não na frente dele.
 - Isso tudo é ciúmes? – perguntou ele, ameaçando um sorriso. Ele perdeu a cabeça? Esse moleque quer morrer?
 - Se isso é ciúmes? – eu disse, chegando mais perto dele e estapeando seu peito – é claro que é ciúmes Arthur! Você não vai ser mais o mesmo comigo, você não vai mais ligar pra mim, não – vai – nem – lembrar – que – eu – existo – eu disse, entre tapas que eu dava nele. Ele segurou meus dois pulsos enquanto eu batia nele, de um jeito firme, mas sem me machucar. Droga, porque até nessas horas ele é gentil?
 - Olha pra mim Manu – disse ele, de novo, não era um pedido, mas também não era agressivo. Arthur 2, Manu 0. Eu olhei nos olhos dele, e então ele sorriu.
 - Você nçao precisa ter ciúmes, garota nenhuma vai tomar o seu lugar. Eu não vou mudar com você, isso é uma promessa. Se eu não te contei antes, foi porque não sabia como dizer isso pra você, ainda mais sendo a Bia, eu estava escolhendo a hora certa, as palavras certas, desculpa se te magoei. Manu, eu te amo, você é a minha melhor amiga, eu nunca vou te deixar, entendeu?
            Eu afirmei com a cabeça, mas não agüentei mais, e comecei a soluçar, ele me abraçou e eu chorei em seu peito, e sem querer coloquei tudo pra fora. Ele me levou pra minha cama, me deitou e colocou a minha cabeça em seu colo, e enquanto eu chorava, ele passava a mão nos meus cabelos.
 - Arthur – eu disse, quando consegui me controlar
 - O que? – ele disse, olhando pra mim.
 - Não me leva a mal, não é que eu não q-quero que v-v-você namore, mas é que você é t-tão importante pra mim, eu t-tenho tanto medo de te p-perder... eu p-preciso da sua a-amizade...
 - Eu sei, eu também preciso de você, e também estaria morrendo de ciúmes se fosse você que arranjasse um namorado. Mas agora vamos esquecer tudo isso, hoje eu sou só seu – ele disse, com um sorrisinho que ele sempre dava quando me via. Eu o abracei, e o cheiro dele estava... diferente, melhor. Nunca mais vou me esquecer desse dia.

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Querido diário
Hoje faz uma semana que o Arthur ta namorando, e duas semanas que descobri o Baila de Máscaras, o que significa que daqui mais duas semanas é finalmente o dia do baile! Estou muito animada!!!
Falando em animada, o tal do V. nunca mais veio falar comigo, não me chamou mais no Face, não me mencionou no Twitter, não me perguntou mais nada na Ask, nada, ele sumiu!!! Queria muito descobrir quem é esse garoto, depois de tudo o que ele me disse... Não sei, fiquei mexida. A Mari me disse pra não criar expectativas, e pediu pra eu desistir do cara, ela acha que ele pode ser um pedófilo ou alguma coisa assim, mas eu sinto que não, sinto que ele está tão perto... Mas não sei onde, e isso me irrita!
Só queria que ele desse sinal de vida...”
 
            Fechei o meu diário e sai da cama, ás 10 horas da manhã. Tomei um banho e vesti um vestido pra ir pro shopping tentar achar a máscara perfeita (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=86491567&.locale=pt-br) e desci pra tomar café da manhã. Como hoje é terça, minha mãe já foi trabalhar, então peguei um pouco de leite e sucrilhos e comi vendo Bob Esponja. Assim que acabei, lavei a minha tigela, subi pro meu quarto, escovei os dentes, penteei meu cabelo, peguei meu casaco e minha bolsa e desci bem na hora em que a Mari tocou a campainha.
 - Pronta? – perguntou ela, quando eu abri a porta
 - Prontíssima. Vamos?
 - Vamos – disse ela, indo em direção ao taxi que ela veio até a minha casa. Entramos nele e ela pediu pra que ele nos levasse até o Center Norte, e ele dirigiu. A Mari então colocou os fones de ouvido, ela não gostava de conversar com um taxista nos ouvindo, e eu recebi uma mensagem de um número restrito. Desconfiada, abri a mensagem:
Já está sentindo a minha falta?
V.
            Ainda bem que a Mari está viajando com os fones de ouvido. Dei um sorrisinho, eu realmente estava sentido a falta dele, e respondi:

Nossa, achei que você já tinha desistido de mim...
Manu

Desistir de você? Acho mais fácil o Logan Lerman bater na sua porta amanhã do que eu desistir de você
V.

Como sabe que eu sou fã do Logan Lerman? E como conseguiu o meu número?
Manu

Já te disse que sei de mais coisas sobre você do que imagina, e, como eu também já disse, te conheço muito bem.
V.

E quando é que vai me dar mais dicas de quem você é?
Manu

Agora
V.

            Meu coração disparou. A hora é agora, eu preciso arrancar dele tudo o que eu posso, preciso descobrir quem é ele!

Qual a sua banda favorita?
Manu

Pergunta errada. Próxima.
V.

Ei! Por que não posso saber disso?
Manu

Porque eu sou muito fã dessa banda, se eu contar qual é você descobre na hora quem sou. É a mesma coisa que perguntar o meu nome.
V.

Falando em nome... Esse V, é a inicial do seu nome?
Manu

É uma delas. Meu nome é composto, mas os meus dois sobrenomes, o que resulta em 4.
V.

E o V é a inicial de qual dos nomes?
Manu

E você acha mesmo que eu vou te responder essa pergunta? Rsrsrs
V.

Não, mas eu tinha que tentar. Qual é a cor dos seus olhos?
Manu

Então, mais uma regra: pode me perguntar sobre a minha aparência, mas só uma coisa, ou seja, se eu te responder qual a cor dos meus olhos, não respondo mais nenhuma pergunta sobre como sou. Pelo menos por enquanto.
V.

            Caramba, ele pensa em tudo! E agora eu tenho que pensar. O que, na aparência dele, tem mais chance de se diferenciar mais de outros garotos? Cabelos eu sei que não, conheço vários morenos e loiros. Cor dos olhos? É fácil diferenciar se a cor dos olhos dele for diferente, mas se forem castanhos eu to ferrada. Não, tinha que ser algo que quase nenhum garoto tem, algo que eu goste na aparência de um garoto. Logo pensei em sorriso, mas não tem como eu perguntar como é o sorriso dele. Já sei:

Mudei de idéia. Você tem covinhas?
Manu

Droga, é uma ótima pergunta! Mas eu prometi responder. Sim, eu tenho covinhas. =D
V.

E o Baile de Máscaras, pode falar sobre ele?
Manu

 - O que você está fazendo? – perguntou a Mari, tirando os fones de ouvido e pegando o meu celular
 - Não é nada... – eu disse, tentando tirar o celular da mão dela
 - Perai, esse não é o seu admirador? Manu, você deu seu número pra ele?
 - Não Mari, ele já sabia!! – eu disse, irritada
 - Manu, e se ele for um...
 - Ele não é! – eu disse, antes que ela terminasse – olhe as mensagens, um pedófilo faria perguntas assim pra mim? – eu disse, quando já estávamos dentro do shopping
 - Eu vou olhar, mas depois, e você não vai conversar com ele hoje, vamos comprar as máscaras.
 - Mas Mari, e se a minha mãe me ligar... ?
 - Não tem problema, eu atendo
 - Mas...
 - Sem mas, vamos procurar as máscaras.

 - Okay – eu disse, e ela me arrastou pra mais dentro do shopping. 

O Baile de Máscaras - Capítulo 2

Querido Diário
Férias em São Paulo não é nada legal. Eu amo essa cidade, é a minha cidade, mas preferia mil vezes estar viajando, sei lá, no Rio de Janeiro aproveitando a praia, mas não aqui, nessa “selva de concreto”. A única coisa boa é o Baile de Máscaras, que é dia 31, e como não vou viajar essa ano, eu vou. Nem falei com a minha mãe ainda, mas sei que ela vai deixar. A Mari também vai ficar aqui, então ela vai comigo, mas o Arthur vai viajar. Falando em Arthur, ele me disse uma coisa que me fez pensar. Ele me disse pra parar de procurar o meu príncipe, pra deixar ele me encontrar, e até disse que ele poderia aparecer nesse baile. Será? Será que, quando eu parar de procurar, ele me encontra? Olha, eu não sei, só sei que cansei de sofrer, e vou parar de correr atrás de quem não dá nem um passo por mim”

            Fechei o meu diário e levantei da cama. Olhei as horas no meu celular, 10:15, e entrei no banheiro e tomei um longo banho. Sai do banheiro as 11:15, entrei no meu closet, escolhi uma roupa qualquer (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=84185688&.locale=pt-br )e fui cuidar da minha vida virtual.
            Liguei meu computador e entrei nas minhas redes sociais. No Twitter um seguia vários fã clubes, e acabei me tornando bem popular por causa disso, pois fiz amizades com muitas pessoas. Com isso, acabei criando um blog sobre os meus artistas favoritos, que se tornou bem popular. Em poucos dias já tinha conseguido 200 seguidores, e hoje já beirava os 2000. por causa disso, as pessoas começaram a se interessar pela minha vida, e ai meu Ask começou a bombar também. Eu não recebia muitas perguntas anônimas, e quando as recebia, logo a pessoa se revelava, ou eu mesma adivinhava, mas ao entrar no meu Ask hoje de manhã, me deparei com 50 perguntas, todas identificadas... menos uma.
            “é isso que dá ficar tanto tempo sem internet” eu penso, começando a responder as perguntas. Eram sempre as mesmas, quais os meus artistas favoritas, o que eu gostava de fazer, qual o melhor FC que já segui e algumas perguntas mais pessoas, como com quantos garotos eu já fiquei, se eu tinha um namorado e etc.
            Até que, de repente, chego a última pergunta, que é totalmente diferente das outras e que chamou a minha atenção. Estava anônima, e tinha sido enviada a mais ou menos três dias atrás.

Anônimo: “E se eu te disser que seu príncipe encantado está mais perto do que você imagina, você acreditaria em mim?”

Manu: “Talvez. Mas se ele está ta tão perto assim de mim, por que não me procurou antes?”

            Meu coração começou a bater mais rápido. Todos sabiam desse meu desejo de encontrar o meu príncipe, mesmo porque eu vivia postando coisas sobre isso no meu blog, no Twitter e etc., e antes que eu pudesse pensar mais, outra pergunta chegou:

Anônimo: “Porque eu nunca tive coragem”

Manu: “E de onde você me conhece?”

1 Nova pergunta

Anônimo: “De muitos lugares. Eu sei do que você gosta e eu sou tudo o que você quer em um garoto, mas você não me enxerga.”

Manu: “Se sabe tudo o que quero em um garoto, me responde: O que eu quero?”

1 Nova pergunta

Anônimo: “Primeiramente, ele tem que te merecer, e isso é o que eu espero do garoto que ganhar o seu coração. Ele tem que saber o que você gosta, saber do que não gosta, tem que te surpreender todos os dias, ser engraçado, romântico, te mandar bom dia assim que acordar, te elogiar nas horas mais inesperadas, enfim, ser um verdadeiro príncipe. Eu sou isso tudo.”

Manu: “Qual é o seu nome?”

            Depois que respondi essa pergunta, não chegou mais nenhuma. Então fiquei muito curiosa. Quem será esse garoto? De onde ele me conhece? Será que ele estava mesmo falando a verdade, ou estavam brincando comigo? O melhor a se fazer era não me jogar de cabeça, seja lá o que o meu coração me disser, ele nunca foi um bom conselheiro.

Anônimo: “Quer saber mais sobre mim? Me aceita no Facebook.”

Manu: “Feito.”

            Logo depois recebi um convite de amizade, de um cara chamado V. Não tinha foto, apenas a imagem de um ponto de interrogação, e ele só tinha a mim como amigo no Face. Não havia postagens, datas de aniversário, sobrenome, fotos, nada, parecia que ele tinha acabado de criar um perfil só pra falar comigo, o que eu achava muito provável. Ele me chamou no chat:

V.- Já tem um palpite de quem sou?
Manu– Você não me deu nenhuma pista ainda...
V.- Ok, mas saiba que vou dificultar tudo pra você por enquanto...
Manu– Por que isso?
V.- Porque tudo tem uma hora certa, e a nossa já está programada.
Manu-
Como assim?
V.- Vamos nos focar em uma coisa de cada vez. Quer ou não saber quem sou?
Manu-
É claro que quero!!!
V.- Ótimo, ai vai as dicas: sou homem
Manu-
Ah jura?
V.- Hahahaha ué, eu poderia ser uma mulher...
Manu-
Ok, outra dica.
V.- Estudo na sua escola. Quer dizer, não mais, já que o Ensino Médio acabou.
Manu-
Certo. Um homem que terminou o colégio comigo... Isso reduz a busca pra UM MONTE DE GENTE!!!
V.- Eu disse que eu não facilitaria...
Manu-
Ok. Já sabemos que você me conhece, mas eu conheço você? Quer dizer, conhecer mesmo, não só de vista...
V.- Pergunta proibida. Tudo o que eu posso te dizer é que EU te conheço muito bem.
Manu-
Vai me dar mais dicas?
V.- Se eu fosse você, prestava mais atenção nessa última dica que eu dei, pode ser importante.
Manu- Importante como? Ai, eu odeio ficar curiosa.
V.- Eu sei disso, como eu já disse, eu te começo muito bem.
Manu- Ok, se me conhece, como sou? O que sabe de mim?
V.- Nossa, que pergunta. Vou te descrever do jeito que eu te vejo. Você é linda, talvez a garota mais linda que já conheci, e não só na aparência. Você é capaz de ver o lado bom das pessoas, e talvez esse seja o seu maior defeito, pois é por isso que você sempre quebra a cara com todos os garotos de fica, mas também é uma qualidade, pois se não fosse isso, talvez eu não tivesse te conhecido.
Manu- Como assim? Você é um bad boy? Kkkkkk
V.- Não, mas era como todos me viam. Mas você não.
Manu- Nossa, isso é... Lindo. Mas não é nada, todos deveriam agir assim, não?
V.- Aham. Mas foi assim que começou. Não é de hoje que eu sou apaixonado por você.
Manu- Apaixonado?
V.- Apaixonado.
Manu- Eu...
V.- Ta na hora de eu ir. Até qualquer dia.
V. está offiline.

     Fiquei estática na frente do computador. A idéia de que há alguém tão perto apaixonado por mim é muito louca. Será que eu realmente não olhei direito ao meu redor? Não prestei atenção em quem merecia? São tantas perguntas sem respostas. Dava pra perceber, mesmo por chat no Facebook, que ele é sincero, ninguém brincaria com amor... não é?
            Nessa hora, recebo uma mensagem:

Me encontra na sorveteria daqui 10 minutos? To com saudade do seu beijo...
Renato

            Canalha! Ele fica comigo e com a Bia na mesma festa e ainda tem coragem de pedir pra ficar de novo?

Problema é seu. Chama a Bia, se quer tanto beijar.
Manu
           
Não vai dar, ela já ta com o seu amiguinho.
Renato

Meu amiguinho? O Arthur?
Manu

Esse mesmo... Vem logo, to com saudade de VOCÊ, não dela!
Renato

            Arthur? Com a Bia? Como assim??????????????????????????????

Faz um favor? Apaga o meu número e esquece que eu um dia já fiquei com você
Manu
           
Eu precisava confirmar essa história. Dei uma olhada no Facebook, ele não estava online, então mandei uma mensagem dizendo que eu precisava falar com ele, e dez minutos depois ele ainda não tinha respondido. Ele sempre me respondia, principalmente esse tipo de mensagem!
            Não agüentava mais, liguei pra ele. o telefone tocou três vezes e uma voz que não era dele atendeu...

 - Oi Manuela – disse a Bia. Ouvir a voz dela atendendo o celular dele fez meu coração pesar no meu peito. Não conseguia mais falar, desliguei o celular, joguei ele no chão e deitei na minha cama, olhando pro teto, com um nó enorme na minha garganta. Por que? Por que ele queria namorar? E por que logo a Bia? Eu nunca gostei muito da idéia do Arthur namorar, eu sinto que ele não seria o mesmo comigo, e ainda por cima namorar a Bia, a garota que mais me odeia, que vai virar a cabeça dele contra mim? E, acima de tudo, por que eu tive que descobrir isso pelo Renato? Por que ele não veio me contar? Ele não confia mais em mim? Nessa hora, escuto batidas na minha porta, e como não respondi, a porta se abriu. Era o Arthur. 

O Baile de Máscaras

Como o prometido, aqui está o 1° capítulo de "O Baile de Máscaras"
Também estou postando no Nyah (como eu já disse umas 80 vezes) e lá eu já estou quase postando o 3° capítulo, então quem quiser acompanhar por lá, clique aqui, a história já está mais adiantada lá.
Sem mais delongas, conheçam a Manu

Querido Diário.
Acho que só eu tenho essa habilidade incrível de me decepcionar. Todos os garotos que eu já gostei ou fiquei nunca são o que eu imaginava, sempre davam um jeito de me magoar ou me esquecer, e com o Renato não foi diferente. Aquele idiota ficou metade da festa da Mari de ontem tentando ficar comigo e depois que conseguiu nem olhou mais pra minha cara na festa!!! E depois ficou com a Bia!! Canalha, idiota, retardado, cachorro!!! Será que algum dia eu encontro alguém que goste mesmo de mim? Alguém que não queira só ficar comigo? Por mais que eu quebre a cara, não perco as esperanças.”

            Fechei o meu diário e deitei em minha cama. Essa não era a 1° e provavelmente não seria a última vez que eu me frustrava desse jeito. Acho que tenho sorte de nunca me apaixonar por esses garotos. Fecho os olhos e lembro-me do Renato. Ele é loiro, alto, tinha sempre gel nos cabelos, e uns olhos azuis muito lindos. Ele acabou de mudar pra minha escola, e sempre foi tão legal comigo... Até me beijar na festa da Mari, e depois correr atrás da Bia!
            Mariana é minha melhor amiga, e fez 17 anos ontem. Não é muito alta, mas não é baixinha, tem os cabelos curtos pretos, a pele negra e os olhos cor de mel. Ela tem um namorado, João, e só chamou o Renato pra festa porque sabia que eu gostava dele. Isso mesmo gostava! Não quero nem mais olhar pra cara daquele infeliz.
            Já a Beatriz é a pessoa que eu mais odeio no mundo, mas infelizmente ela é amiga da Mari. Ela é do meu tamanho, loira dos cabelos longos e bem lisos, os olhos bem azuis, e se acha demais por causa disso. Ela adora roubar o que é meu, os garotos que eu gosto, a minha melhor amiga, a única coisa que eu não deixo ela ter é o Arthur.
            O Arthur é a melhor pessoa desse mundo. Ele é mais que meu melhor amigo, é quase um irmão. Nos conhecemos desde os 10 anos, e somos inseparáveis desde então. Ele é mais alto que eu, tem cabelos pretos meio bagunçados naturalmente, os olhos castanho escuro, e a Bia adoraria tê-lo como namorado. Há tempos que ela pede pra Mari ajudá-la com o Arthur, mas eu digo pra ela nem tentar, eu não vou deixá-la ter até o meu melhor amigo! A minha sorte é que ele concordava comigo.
            Cansada de sonhar acordada, abro os olhos e olho pro meu quarto. No total, ele tem três portas, uma que dava pro banheiro, outra pro meu closet e outra pro resto da minha casa. Duas dessas portas ficavam logo na frente da minha cama, a da direita era a do banheiro e a da esquerda a do closet, e no meio delas tem uma poltrona roxa, onde estava o vestido preto que eu usei ontem à noite. Do lado direito do meu quarto, tem uma enorme janela, com um baú, que tinha uma almofada na tampa, na frente, da largura da própria janela. As cortinas brancas estavam abertas, deixando o sol do meio dia entrar. Ao lado esquerdo tem a 3° porta, uma mesa com o meu notebook rosa e alguns porta-retratos. Do lado tem uma estante cheia de livros e CDs. A cada lado da minha cama tem um criado mudo, o da direita com o meu telefone rosa e o meu celular e o da esquerda com mais alguns porta retratos. Meu quarto é roxo e branco, e tem pôsteres espalhados pelo quarto inteiro.
            Meu celular toca. É o Arthur:
 - Alô?
 - Manu?
 - Oi Arthur!! Tudo bem?
 - Sim, mas já você...
 - Eu? Por que acha que eu não estou bem? – eu disse. Cara, ele me conhece muito bem.
 - Eu vi como você saiu da festa ontem, e nem falou comigo.
 - É... Sobre isso...
 - Vai me contar o que aconteceu?
 - Caramba, você não deixa passar nada. Ok pode vir pra cá?
 - Vou esperar o meu pai chegar e ai eu vou, pode ser?
 - Claro.
 - Ok. Um beijo e até daqui a pouco
 - Até. – eu disse e ele desligou.
            Desci da minha cama e fui tomar um banho. Como tinha voltado tarde da festa, acabei de acordar. Abri o chuveiro e deixei a água cair pelo meu corpo, só pensando no que o Arthur diria quando eu contasse o que aconteceu ontem. Ele não aprovava essa minha “procura” pelo meu príncipe encantado, sempre me disse que quando eu achasse o cara certo, eu saberia, e pra piorar ainda mais a situação ele nunca foi com a cara do Renato. Por um lado, eu sabia que ele estava certo, mas não conseguia de deixar de ver o meu príncipe em cada garoto novo que aparecia. Saí do banho, fui pro meu closet, escolhi um vestido e uma rasteirinha (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=85008516&.locale=pt-br). Me olhei na espelho e ajeitei o meu cabelo. Eu não sou feia,  sou alta, tenho os olhos cor de mel, uma pele branca demais pro meu gosto e os cabelos morenos longos e ondulados. Terminei de passar o meu batom e desci as escadas.
 - Oi filha – disse a minha mãe, quando cheguei na cozinha.
 - Oi mãe – eu disse, dando um beijo nela. – O que tem pro almoço?
 - Macarrão e frango cozido, comida de domingo! – ela disse, já pegando um prato pra mim – Vai almoçar?
 - Claro. – eu disse, pagando o prato da mão dela e me servindo. Me sentei no sofá, coloquei no Cartoon Network e comi feliz.
            Assim que acabo de comer, a campainha toca.
 - Deixa que eu atendo, deve ser o Arthur.  – Eu digo, correndo pra porta.
 - Oi Manu – diz ele, quando eu abro a porta.
 - Oi Arthur. Vamos andar um pouco? Não quero mais encarar as paredes do meu quarto.
 - Vamos. – ele diz, se afastando da porta pra que eu pudesse passar.
 - Mãe, vou no parque – eu grito antes de sair
 - Ok filha! – ela grita de volta. Saio e fecho a porta atrás de mim.
            Eu e o Arthur começamos a caminhas até o parque perto da minha casa, nenhum dos dois falava, até que ele resolveu quebrar esse silêncio.
 - Quem foi o idiota dessa vez?
 - Como assim? Por que você acha que o meu problema é sempre com garotos?
 - Porque, de uns meses pra cá, são os seus únicos problemas, e você sabe disso.
  É, ele ta certo.
 - Ok. Eu meio que fiquei com o Renato na festa de ontem.
 - O QUE?? Como assim Manuela?
  Eu odeio quando ele fala o meu nome inteiro...
 - Ué, ele me pediu e eu fiquei...
 - Mas ele não presta Manu!!! Poxa, eu te disse isso, ele é um galinha!!!
 - É, agora eu sei disso.
 - Ótimo, melhor assim. Eu não sei porque você fica insistindo nessa de que todo o garoto que você encontra na sua frente é o seu príncipe encantado.
 - Arthur...
 - Manu para! Eu já te disse, você não precisa dar uma chance pra todos os garotos que vê na frente pra achar o seu príncipe. Manu, olha pra mim – diz ele, parando no meio do caminho e segurando o meu braço pra que eu parasse também. – para de procurar. Espera ele vir até você.
 - Mas e se ele não vier? – eu digo, quase chorando.
 - Então ele vai perder uma garota maravilhosa. – ele diz, sorrindo.
 
- Ai Arthur...
 
- Tem tanta coisa pra fazer no mundo, tanto a se conhecer, tanto a aprender. Por que fica correndo atrás desse príncipe? Por que não deixa pra correr atrás dele quando achar aquele por quem você realmente se apaixonar?
 - Eu não sei!!! Eu simplesmente não sei – eu digo e ai começo a chorar. O Arthur me abraça e me faz sentar no meio fio.
 - Quer um sorvete? – diz ele, rindo.
 - Você sabe exatamente como me deixar melhor não? – respondo, rindo também.
 - Vamos, tem um super sorvete de pistache esperando por você – diz ele, me puxando pra que eu levantasse. Ele passou o braço pelo meu pescoço e continuamos descendo a minha rua, a caminho da sorveteria.

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Entramos na sorveteria, sentamos em uma mesa bem perto da porta e pedimos os nossos sorvetes. Eu, como sempre, pedi o meu sorvete de pistache com cauda de chocolate, e o Arthur, como sempre, fechou os olhos, girou o cardápio algumas vezes e pediu o primeiro sabor que viu: Milho.
 - Mas você não gosta de milho – eu disse, quando nós pedimos os sorvetes.
 - Mas o sorvete é bom – disse ele, rindo. Diferente de mim, ele sempre se deixava surpreender, nunca planejava nada, só fazia. Eu gostava muito disso nele.
            Os sorvetes chegaram, e então começamos a conversar sobre a festa de ontem.
 - Mas e você, não paquerou ninguém? – eu perguntei.
 - Não, mas acho, só acho, que me paqueraram – ele responde, meio irônico
 - Te paqueraram ou deram e cima de você completamente?
 - Deram em cima de mim completamente
 - Ok, quem foi a atirada?
 - E você ainda pergunta?
  Ah não...
 - A Bia????
 - Sim.
 - Aquela recalcada precisa ter a cara esfregada no asfalto! Você não deu trela pra ela, deu?
 - Não – disse ele entre risos
 - Ta rindo do que? – eu pergunto, jogando um guardanapo na cara dele
 - Você vai mesmo esfregar a cara dela no asfalto?
 - Vontade não me falta – eu respondo, rindo com ele. – Mas agora é sério. O que foi que ela fez?
 - Ah, quase nada. Primeiro que ela estava com aquele vestido hiper curto e não parava de me provocar.
 - Nossa, perceptivo você.
 - O que é? Eu sei que ela é oferecida e tudo mais mas não dá pra não olhar! Eu não sou cego.
 - Ah ta legal, continua.
 - Ai começou a música e ela foi dançar. Até ai você estava comigo, mas ai a Mari veio te chamar e você foi com ela...
 - É, ela e o João estavam agitando o Renato pra mim, mas enfim, continue
 - Bom, você saiu e ela sentou no seu lugar, e começou a conversar comigo. Ela queria saber se a gente estava ficando ou alguma coisa assim...
 - Intrometida!!!
 - Sim, mas ai eu não respondi. Bom, depois ela voltou pra pista e começou a dançar com o Renato, e como eu já tava cheio do showzinho dela eu fui procurar você, mas a Mari disse que você já tinha ido e ai eu fui embora.
 - Cachorra!!! Não conseguiu ficar com você e foi correndo pro primeiro que viu... Ou pro primeiro que ME viu!!!
 - Por que você tem tanta raiva dessa garota?
 - No começo não era raiva, eu só nunca fui com a cara dela. Mas ai ela ficou amiga da Mari, e ai eu tentei dar uma chance, mas ela sempre fazia planos e nunca me incluía, e ai eu peguei raiva. Pra piorar, todo o garoto que eu olhava ela também gostava, e muitas vezes chegava no garoto antes de mim. Depois eu descobri que ela queria você, e foi ai que eu comecei a ficar bem longe dela. E você também, não quero você nem no mesmo quarteirão que ela, ouviu?
 - Nossa, que ciúmes – ele disse, sorrindo.
 - Não é ciúmes! – eu disse, na defensiva.
 - É sim.
 - É não.
 - É sim
 - É não
 - Então me deixa ficar com ela
 - Nunca!
 - Ganhei – disse ele, sorrindo vitorioso.

            Nós saímos da sorveteria e passamos pelo parque, onde tinham umas seis pessoas com máscaras distribuindo um papel preto e dourado.
 - O que é isso? – perguntei pro Arthur.
 - Sei lá. Vamos descobrir – disse ele, indo em direção dos mascarados. Fui junto.
 - Baile de máscaras, estão todos convidados para o baile de máscaras que acontecerá na virada do ano!!! – gritou um deles. Arthur parou ele e pegou dois dos papéis preto e dourado.
 - Vai viajar no ano novo? – pergunta ele, me entregando um dos papéis. Era um convite, para o baile de máscaras que aconteceria dia 31 de dezembro. Ia ser ali na praça mesmo, e todos deveriam vir devidamente mascarados.
 - Uau, um baile de máscaras, sempre quis ir em um. É tão mágico... – eu digo, com cara de sonhadora
 - Como assim mágico? – pergunta Arthur.
 - Ah, estão todos mascarados, você não sabe quem é quem. É uma ótima oportunidade de se conquistar alguém pelo o que você realmente é, e não por causa da beleza, popularidade ou qualquer coisa assim.

 - Ah, não sei não, não gosto dessa idéia.
 - Não vai vir?
 - Provavelmente não. E outra coisa, eu acho que vou viajar.
 - Ah, que pena. Mas eu venho.
 - Ok princesa, quem sabe o seu príncipe não aparece aqui? Ou então o seu fantasma da ópera – ele diz, rindo.
 - Para – eu digo, batendo no braço dele e rindo também. Ele olhou para o relógio e disse:
 - Nossa, olha a hora! Preciso ir, o meu pai está me esperando. Um beijo – ele me dá um beijo na bochecha. 
 - Tchau – eu digo. Olho mais uma vez para o convite, e um bom pressentimento me invade.
 - Será que o meu príncipe estará aqui? – penso alto. Dobrei o convite e o coloquei no bolso da jaqueta, e ando o curto caminho até a minha casa, só imaginando o que aconteceria nesse baile. 

Jessie - Epílogo

O que aconteceu depois disso? Ah, muitas coisas. Naquela festa, a Anne e o Dani deram seu primeiro beijo, e foi muito fofo. Ah, quer saber? Vou contar pra vocês como foi...
  Então, logo depois que eu toquei a música pro Nick, começamos a dançar feito loucos, não só a banda era muito boa, mas o DJ também.
  Enfim, o Dani chamou a Anne pra dançar e eles começaram a dançar (Dã!!).
 - O seu nome é Anne mesmo? Ou é apelido? – perguntou o Dani.
 - Não, é apelido. Meu nome é Annabel. – disse ele, sorrindo
 - Eu gosto do seu nome...
 - Gosta nada, só está falando isso porque é gentil
 - É, tem razão, se o seu nome fosse Jusiscreude eu falaria que era bonito – disse o Dani, o que fez a Anne rir.
 - Viu, gentil.
 - Mas não é por causa da gentileza que eu falo que seu nome é bonito
 - A não é? É por que então?
 - É porque eu acho você bonita, além de inteligente, engraçada, espontânea, sonhadora... E eu adoraria ganhar um beijo seu. – disse ele, chegando mais perto.
 - Sério é? – disse ela, se aproximando dele também. – Então vem pegar
  E foi o que ele fez. E depois disso, eles não pararam mais. A festa inteira. Eles começaram a namorar dois dias depois, e a Giulia e o Pete também.
  Duas semanas depois do baile, participamos do desafio das bandas, e ganhamos um contrato com uma das maiores gravadoras do mundo, e depois disso, não paramos mais. Começamos a compor nossas músicas, e elas sempre tocavam nas rádios e, em menos de dois anos, já éramos a banda adolescente mais famosa dos EUA.
  Com o tempo, começamos a fazer sucesso em outros países, como Inglaterra, França, Espanha, México e, principalmente, o Brasil (os fãs de lá são incríveis).
  Dez anos depois, Estávamos concorrendo ao prêmio de melhor banda de rock na 63° edição do Grammy Awards.
 - Eu não acredito que a gente está no Grammy!! – disse o Dani, empolgado
 - Ah, vamos lá, não é a primeira vez que assistimos o Grammy – eu disse, rindo dele
 - Mas é a primeira vez em que somos indicados. Mano, eu estou muito feliz.
  Nos sentamos nos nossos lugares e logo chega a Anne e a Giulia.
 - Oi amor – disse o Dani, dando um selinho na Anne – pensei que não vinha
 - E perder você ganhando o Grammy? Mas é claro que não.
 - Fiz um discurso do tamanho do mundo – disse o Pete para a Giulia
 - Eu estou nele? – perguntou ela, se sentando do lado dele
 - É o nome que mais aparece.
  Eu adorava ver como eles estavam apaixonados. 10 anos tinham se passado e nada abalava o amor deles. Casaram-se há uns 5 anos atrás e nada mudara, não que comigo e com o Nick tenha sido diferente. Quando fizermos seis anos de namoro, resolvemos morar juntos, o que era mais fácil, assim eu não tinha que ficar me escondendo da mãe dele, e nem ele da minha (se é que vocês me entendem). Enfim, nunca pensamos em nos casar, nenhum dos dois quer, achamos que estamos muito bem assim.
  Nick se sentou e eu me sentei na cadeira a sua esquerda. Olhei para o meu pulso esquerdo, e vi o nome do Nick escrito nele. Olhei o pulso direito do Nick e vi meu nome nele, e me lembrei do dia em que fizermos essas tatuagens. Eu sempre fui contra a fazer tatuagens com o nome do namorado, se terminassem, não tinha como tirar. Mas, quando cheguei lá, tive a sensação de que nunca iria querer tirar essa marca do meu pulso e, quatro anos depois, ainda sinto isso. Ele pegou a minha mão e as nossas tatuagens se encontraram, o que me fez sorrir. É assim que eu queria a gente, sempre juntos.
  Estar sentada aqui, prestes a ganhar um Grammy, me fez lembrar de muita coisa. Meu pai nunca mais apareceu, só fiquei sabendo que ele tinha arranjado outra mulher, mas a traia tanto quanto traia a minha mãe e a Beth, mas não teve mais filhos, o que nos deixou bem aliviados. Minha mãe arranjou um namorado, Zack, que a fazia muito feliz. Pra mim, ela só se viu livre do meu pai quando o Josh apareceu lá em casa, quando o meu pai saiu de vez de nossas vidas. Mike casou com uma prima do Josh por parte de mãe, a Sarah, uma loira de olhos azuis, e que o fazia muito feliz também. O Josh nunca se arranjou na vida, nunca namorou sério e nem se casou, mas está feliz. A última vez que eu vi a Emily, ela estava tentando entrar no meu camarim. Lá ela me disse que era nossa fã e que sentia a nossa falta, e blá blá blá. Demos o autógrafo pra ela e chutamos ela pra fora do nosso camarim, foi engraçado. O Derek pelo menos se deu bem, conseguiu uma bolsa de estudos em uma faculdade por causa do futebol americano, e acabou jogando como reserva num time da segunda divisão (se é que tem isso no futebol americano). Nossa, como esses dez anos passaram rápido.
  - E ae pessoal!! – disse Nick Jonas, o apresentador dessa noite – Agora eu chamo o 
M. Shadows, da banda Avenged Sevenfold e o Brandon Flowers, vocalista do The Killers, para apresentarem o prêmio de melhor banda de rock – disse ele, e então vejo meus dois maiores ídolos entrando no palco.
 - Boa noite galera – disse a Brandon, sorrindo
 - Sabe Brandon, eu adoro esse prêmio, é um dos meus favoritos
 - Eu também adoro esse prêmio M., e adoro mais ainda os indicados, que são – ele apontou para o enorme telão que agora descia para o palco.
  Melhor Banda de Rock:
 30 Seconds to Mars
 Red Hot Chilli Peppers
 Paramore
 Linkin Park

 The Walkers
  Quando escutei o nome da minha banda, quase morro do coração.
  - E o Grammy vai para... – disse o Brandon, abrindo o envelope e entregando-o para o M.
 - The Walkers!!
  Meu coração parou. Eu não acredito que ganhamos! A ficha ainda não tinha caído quando caminhei para o palco, de mãos dadas com o Nick, as tatuagens juntas. Subimos no palco, abraçamos o M. e o Brandon e eles nos entregaram o nosso Grammy.
 - Nossa... MEU DEUS, A GENTE GANHOU O GRAMMY!! – disse o Nick no microfone.
 - A gente queria agradecer a muita gente, basicamente a Deus, a nossa família e, no meu caso, a Giulia, minha musa. Te amo – disse o Pete, mandando um beijo pra ela, que mandou outro
 - E eu queria agradecer a Anne, que é minha musa também – disse o Dani, sorrindo – todas as músicas que faço são pra ela, então, se faço sucesso hoje, o motivo é ela. Te amo.
 - Tá legal, minha vez – eu disse, empurrando eles – queria agradecer a minha família, que sempre me apoiou, aos nossos fãs, a Deus principalmente e ao Nick, que me faz feliz há muito mais de 10 anos. – eu disse, olhando pra ele, enquanto toda a plateia fazia um “oooooowwwwnnn!!!”
 - Obrigado gente!! – disse o Dani, e nós saímos do palco. Mas, antes que eu pudesse me mexer, o Nick me puxou pro meio do palco e me beijou, levando todo o público ao delírio!!!
 - Eu te amo – disse ele, bem baixinho
 - Eu amo mais – eu disse, sorrindo
 - Não, eu amo mais
 - Não, eu amo – começamos a rir e, depois de acenar para o público, saímos do palco.
  Eu não sabia como seria meus próximos anos, não sabia o que iria acontecer, não sabia se continuaríamos a fazer sucesso, eu não sabia de nada. Só sabia que hoje, amanhã, depois e daqui a mais 300 anos, vou continuar amando o Nick, como da primeira vez.

Gente, muuuito obrigado por ler essa minha história, de todas que eu fiz, é uma das minhas favoritas e a que mas deu certo. Obrigada principalmente ao Emanuel que leu e divulgou a minha história. Hoje, daqui uma hora mais ou menos, posto o 1° capítulo da minha outra história, que também estou postando no Nyah, pra quem quiser ler. 



Jessie - Capítulo 13

E Jessie está chegando ao fim :(
Esse é oficialmente o último capítulo, mas ainda tem o epílogo que eu ainda vou postar.
Enfim, como essa história acabou, vou também começar a postar a nova, "O Baile de Máscaras", e postar também simultaneamente no Nyah.
Então, vamos para o último capítulo oficial de Jessie.

17 de Dezembro de 2011 – Sábado.
  É, o Mike não ronca, mas o Josh ronca muito! Não que eu ligue, se eu durmo, ninguém consegue me acordar, mas o Mike... tadinho.
 - Josh, acorda menino – disse ele, jogando o travesseiro na cara dele.
 - Hã... o que foi? – respondeu ele, grogue
 - Mano, você não para de roncar – disse o Mike, esfregando os olhos
 - Eu ronco? Desde quando?
 - Sei lá desde quando, só sei que você ronca. E muito
 - Vocês dois são uma comédia – eu disse, rindo e jogando o travesseiro na cara do Mike
 - É porque não foi você que não dormiu a noite toda – disse o Mike
 - Own, tadinho do Mike
 - Ah, vou dormir, tchau pra vocês – disse o Mike, subindo as escadas e fazendo a gente rir.
 - Bom dia meninos – disse a minha mãe, descendo as escadas
 - Bom dia mãe. Que horas são? – perguntei, me levantando.
 - Nove horas. Acordaram cedo heim.
 - Nossa, é mesmo. Vou tomar um banho. Se quiser, vai no quarto do Mike, ele não liga não. – eu disse, subindo as escadas e me trancando no meu quarto. A noite que eu passei com os dois me ajudou a esquecer o caso Nick, por um tempo, claro. Tomei um banho, coloquei uma roupa (Roupa da Jessie: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=48562189HYPERLINK "http://www.polyvore.com/cgi/set?id=48562189&.locale=pt-br"&HYPERLINK "http://www.polyvore.com/cgi/set?id=48562189&.locale=pt-br".locale=pt-br) e desci pra tomar café da manhã.
  E lá estava o Josh, com outra roupa, conversando sobre sei lá o que com a minha mãe.
 - Oi gente – eu disse, me sentando a mesa.
 - Hoje tem wafles – disse minha mãe, colocando um prato cheio deles na mesa.
 - Uhu!! – eu disse, pegando o primeiro da pilha. Comi até não aguentar mais e depois fui mostrar a cidade pro Josh.
  Para ir pra praia, tenho que passar pela casa do Nick, e na frente estava a mãe e o pai dele colocando malas dentro do porta-malas. Eles iam viajar. Mas hoje? No dia do show? Tentei não demostrar minha tristeza, não queria explicar tudo pro Josh.
  Logo depois disso, o Dani me liga.
 - Jessie – disse ele, não muito bem
 - O que foi Dani? – eu perguntei, já suspeitando o que ele iria falar.
 - O Nick me ligou aqui agora a pouco, ele disse que talvez não vá poder ficar pro baile. Vamos ter que fazer sem ele – disse ele, meio triste
 - Ele vai hoje? Mas ele não ia amanhã?
 - Nem ele sabe Jessie. Mas depois do que aconteceu ontem – disse ele, e eu sabia exatamente do que ele estava falando. Do meu encontro com o Nick na praia – Tudo pode acontecer. Você toca guitarra?
 - Toco sim, pode deixar – eu disse, abatida
 - Tá legal, até de noite – disse ele
 - Ate – eu disse pro telefone mudo. Joguei o celular no banco de trás e dirigi até a praia, fazendo de tudo pra não chorar.
Passei o dia inteiro disfarçando as lágrimas que insistiam em escorrer e, depois que voltei da praia, umas 16hs (sim, fiquei esse tempo todo lá) me tranquei no meu quarto e comecei a chorar descontroladamente, mais baixinho, pra ninguém perceber.
  Eu não aguento mais chorar. Como foi que eu deixei isso acontecer? Não era pra eu ter me apaixonado, isso não fazia parte do plano. Mas e agora? O que é que eu faço?
  Eu estava pensando nisso quando alguém bate na porta. Seria ele? Será que ele não tinha viajado? Será que ficou? Por mim? Eu não sabia, mas enquanto caminhava até a porta, tudo o que havia acontecido passou pela minha cabeça, as coisas ruins, quando vi ele beijando a Emily, seus olhos tristes me olhando no meio daquela chuva, ele sentado na areia, a última vez que o vi. Mas também as coisas boas, como todas as vezes que ele me consolou, quando ele me chamava de pequena, quando cantávamos juntos, quando ele me abraçava, meu primeiro beijo, o nosso primeiro beijo de verdade, cada beijo que demos depois disso, cada palavra que ele me disse...
  Abri a porta e vi a minha mãe.
 - O que foi mãe? – perguntei, sentando na cama
 - O que você está fazendo com essas roupas? Esqueceu-se do baile? – disse ela, se sentando do meu lado.
  Caramba, o baile!!! Eu tinha me esquecido completamente!!!
 - Mãe, me arrumo em dois segundos – eu disse, correndo pro banheiro, enquanto ela sorria. Tomei um banho, coloquei o vestido (Roupa de Jessie:
http://www.polyvore.com/jessie_baile/set?id=48434102HYPERLINK "http://www.polyvore.com/jessie_baile/set?id=48434102&.locale=pt-br"&HYPERLINK "http://www.polyvore.com/jessie_baile/set?id=48434102&.locale=pt-br".locale=pt-br) e, enquanto me olhava no espelho, vi que estava faltando alguma coisa. O colar que o Nick me deu, aquele que não estava mais no meu pescoço, que eu finalmente criei coragem pra tirar. Olhei pro meu criado mudo, do lado da nossa foto, e lá estava ele, o colar. Coloquei-o no pescoço, desci as escadas correndo e entrei no carro da minha mãe.
  O ginásio da escola estava abarrotado de gente, ele estava decorado com cores de inverno (baile de inverno né) e no palco tinha uma bateria, um baixo, uma guitarra, o tripé com o microfone e os amplificadores. Mas, cadê a minha banda?
  Entrei mais no ginásio e logo encontrei a Giulia (Roupa da Giulia: http://www.polyvore.com/giulia_baile/set?id=48431852HYPERLINK "http://www.polyvore.com/giulia_baile/set?id=48431852&.locale=pt-br"&HYPERLINK "http://www.polyvore.com/giulia_baile/set?id=48431852&.locale=pt-br".locale=pt-br) e a Anne (Roupa da Anne: http://www.polyvore.com/anne_baile/set?id=48433181HYPERLINK "http://www.polyvore.com/anne_baile/set?id=48433181&.locale=pt-br"&HYPERLINK "http://www.polyvore.com/anne_baile/set?id=48433181&.locale=pt-br".locale=pt-br), que estavam de mãos dadas com o Pete e o Dani, respectivamente. Assim que elas me viram, a Anne começou a mandar uma SMS pra sei lá quem.
 - O que a gente está fazendo aqui? – perguntei pra eles
 - Esperando ué – disse o Dani
 - Esperando o que?
 - Isso – disse a Anne, apontando pro palco.
  Eu não estava entendendo mais nada, até me virar pro palco e ver o Nick lá, maravilhosamente gato com uma calça social, uma camisa branca, uma gravata preta, um colete também preto e com um microfone na mão, pedindo silêncio.
 - O que ele tá fazendo? – perguntei, querendo sair dali
 - Espera e verá. E nem tente fugir, o que ele tem pra dizer, você vai ter que escutar. – disse a Giulia, segurando o meu braço.
 - Mas ele não estava viajando? – perguntei.
 - Foi desculpa – disse Anne.
  Eu não sabia o que ele tinha pra dizer e, como eu não tinha escolha, olhei pro palco e escutei.
 - Oi gente – disse ele, parecendo nervoso – eu sei que parece chato e tal, mas eu preciso dizer isso. Há exatamente 12 dias atrás, meu mundo virou de cabeça pra baixo. Aconteceu uma coisa que, na hora, eu achei que fosse ruim, mas, no fim das contas, foi a melhor coisa que já me aconteceu. Enfim, naquele dia, peguei a Emily me traindo – nessa hora, todo mundo fez “ooohh!!” – enfim, depois disso, a Jessie teve a genial ideia de fingir que eu estava traindo a Emily esse tempo todo com ela, e então a Emily disse que nosso namoro não durava dois dias, então fingimos que estávamos namorando – nessa hora, todo mundo começou a falar coisas como “como assim?” “era tudo fingimento?”
 - Sim gente, era tudo fingimento. Mas ai umas coisas começaram a acontecer, coisas que nem eu mesmo entendia. Comecei a perceber coisas nela que nunca percebi em garota nenhuma. Seus vários sorrisos, suas manias, o brilho nos olhos dela quando me viam... é, eu me apaixonei.
  Nessa hora, todos estavam em silêncio, e eu também, não conseguia falar mais nada.
 - Mas ai eu cometi uma besteira horrível. Deixei a Emily me seduzir de novo e deixei a Jessie, que hoje não quer nem me ver pintado de ouro. Eu estou aqui pra pedir desculpas pra ela, - nessa hora, ele se virou pra mim, me olhando nos olhos – pra dizer que, se eu beijei a Emily aquele dia, foi porque eu achava que ainda gostava dela, mas percebi que não, percebi que perder você foi um milhão de vezes pior do que perder a Emily. – nessa hora, ele sorriu, e eu vi nos seus olhos um brilho que eu nunca tinha visto antes, o que me fez sorrir. – Você me pediu pra provar que eu gosto de você, mas, infelizmente, não posso provar o que eu não sinto. Jessie, eu não gosto de você. Eu te amo, como nunca amei ninguém antes, e como sei que nunca vou amar.
  Nessa hora, eu já estava chorando. De felicidade. Ele me amava também, do jeito que eu o amo. Eu não tinha ideia do que fazer quando a Giulia deu um bom palpite:
 - Vai lá, diz pra ele o que você sente.
  Mas eu tive uma ideia melhor. Sussurrei umas coisas no ouvido do Pete, que repetiu tudo pro Dani, e eles foram correndo pro palco.
 - O que você vai fazer? – perguntou a Anne, sorrindo
 - Vocês nem imaginam... – eu disse, indo pra atrás do palco. O Pete entregou a guitarra pro Nick e eles começaram a tocar a introdução de I Can’t Live Without Your Love. Peguei o microfone que estrategicamente o Dani tinha deixado lá.
  Entrei no palco e comecei a cantar, surpreendendo o Nick:
Don't be afraid if I'll go crazy for you
Don't be surprised if I fall at your feet
I don't care about what they think of me
 don't know what to do
Cause I'm falling for you (for you)
  Nessa última frase, olhei diretamente nos olhos dele, e ele entendeu a mensagem: A música transmitia exatamente o que eu estava sentindo. Ele sorriu, e eu também sorri.
  Me virei pra plateia e continuei:
When I look into your eyes
I can see me and you
Remember this time that will last until the end
When I find you in my dreams
I just won't let you go
I'll hold you in my heart
I can't live without you
I can't live without your love
  A plateia batia palmas conforme o ritmo da música, o que me animou, e muito. Vi a Giulia e a Anne lá de baixo, sorrindo pra mim e mandando beijos para os seus amados, que nessa hora estavam no palco, tocando comigo.
When I look into your eyes
I can see me and you
Remember this time that will last until the end
When I find you in my dreams
I just won't let you go
I'll hold you in my heart
I can't live without you...
  Nessa hora, o Nick soltou a guitarra, me puxou pela cintura, e repetiu comigo o último verso:
I can't live without your love
    Ele colou nossas testas e sussurrou:
 - Eu não posso viver sem você. Por favor, não me faça viver sem você.
 - Hey, novidade. Eu também não posso viver sem você. Eu te amo Nick, como eu nunca amei ninguém.
  Ele sorriu e disse:
 - Repete
 - Eu te amo, eu te amo, eu te amo. – eu sorri e então ele selou nossos lábios. Senti meus pés saírem do chão e ele me rodou no ar. Naquela hora, percebi o quão ruim é ficar sem o beijo dele, o quão ruim é não sentir seus lábios nos meus, e o quão triste era a minha vida sem ele... Mas agora que eu sabia, não ia deixar que isso se repetisse. Nunca.
  De fundo, escutava os aplausos, mas estava ocupada demais pra prestar mais atenção. O que me importava era só o Nick, aqui, comigo, pra sempre.

  Cantamos todas as músicas que tínhamos combinado, e o show acabou com muitos aplausos de todos. Eles nos amavam! Uns meninos nos falou, depois do show, que tinha um concurso da bandas daqui duas semanas, e que o vencedor ganha um contrato com uma super gravadora.
 - Nossa, isso é irado! Mas, vamos pensar nisso depois da festa né galera! – disse o Pete, puxando a Giulia pra dançar.
 - Apoiado – disse o Dani, puxando a Anne também. Eles foram dançar e nos deixou sozinhos (uhu!!!)
 - Então... – disse ele, sorrindo e colocando as mãos na minha cintura
 - Então... – eu disse, colocando as minhas na sua nuca.
 - Não sei se você sabe, mas hoje você está tão... Uau! – disse ele, me encarando.
 - Ah, você também até que está bonitinho... – eu disse, fazendo-o rir. Dançamos no ritmo da música Saty, da Rihanna, e eu não conseguia parar de olhar em seus olhos cor de mel que eu tanto amo. Ele colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha
 - Quer ser minha? Só minha?
  Nada com o Nick era normal, nem mesmo os pedidos de namoro
 - Eu já sou sua. – eu disse, e ele me beijou daquele jeitinho que sempre me fazia querer mais. 

Jessie - Capítulo 12

16 de Dezembro de 2011 – Sexta-Feira
  Ah, sexta feira, último dia de aula... e amanhã tem baile!
  Mas por que eu não estava ligando pra nada disso? Ah é, o Nick me magoou...
Levantei da cama com um enorme suspiro, tomei um banho, coloquei uma roupa (Roupa da Jessie: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=48371268HYPERLINK "http://www.polyvore.com/cgi/set?id=48371268&.locale=pt-br"&HYPERLINK "http://www.polyvore.com/cgi/set?id=48371268&.locale=pt-br".locale=pt-br) e, como estava sem fome, fui direto pra escola que, de novo, estava vazia.
  Dessa vez, as primeiras pessoas a chegarem foram a Giulia (Roupa da Giulia: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=48495453HYPERLINK "http://www.polyvore.com/cgi/set?id=48495453&.locale=pt-br"&HYPERLINK "http://www.polyvore.com/cgi/set?id=48495453&.locale=pt-br".locale=pt-br) e a Anne (Roupa da Anne: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=48495981HYPERLINK "http://www.polyvore.com/cgi/set?id=48495981&.locale=pt-br"&HYPERLINK "http://www.polyvore.com/cgi/set?id=48495981&.locale=pt-br".locale=pt-br)
  - Jessie – disse a Giulia, empolgada – o Pete me beijou.
  Ah, até que enfim alguma coisa pra alegrar o meu dia
  - Ele te beijou? Quando? Como? Onde? – eu disse, sorrindo
 - Calma, eu vou te contar tudo. Depois da escola, o Pete me ligou, disse que queria me ver, então nos encontramos na frente do Bob’s. Ele pagou um milk shake pra mim e começamos a caminhar pela praia. A gente começou a conversar e ele fazia várias piadas, eu não parava de rir, então ele puxou meu lenço do pescoço e saiu correndo, e eu fui atrás dele. Sem querer, nós tropeçamos e caímos na areia, ele em cima de mim. Ai ele me olhou e disse: ‘a muito tempo estou afim de fazer isso’ e ai ele me beijou.
 - Caramba Giu, ai que legal! Eu estou feliz por vocês – eu disse, abraçando ela – mas e ai, rolou mais beijo depois?
 - Claro que rolou... A noite inteira. Ai ele me levou pra casa e disse que estava me esperando no baile. Cheguei em casa suspirando. Eu tentei de ligar, mas a sua mãe me disse que você estava dormindo...
 - Pois é, peguei no sono e só acordei depois das 22hs. Vocês se beijaram! Agora só falta a Anne.
 - Pois é, ele me chamou pra sair hoje. – disse a Anne, com jeito de indiferente.
 - Pega ele logo menina, ou então vem outra e faz isso por você – eu disse, rindo
 - Nossa, depois dessa, não passa de hoje – disse ela, na hora em que o sinal tocou e todos os alunos entraram, inclusive o Nick, que tentou vir falar comigo, mas sempre tinha um fator que o impedia, o que foi bom.
  O dia passou rápido, e todas as minhas tentativas de evitar o Nick deu certo, mas a tarde, na praia, não consegui fugir.
  Depois da escola, decidi ir pra praia, pra pensar um pouco. Estacionei meu carro, sentei na areia e fiquei ali mais om menos uns 15 minutos, até que eu avisto o Nick a uns dez passos de mim. Virei às costas e sai andando, mas logo senti o puxar meu braço. Nessa hora, escutei um trovão.
 - O que você quer Nick? – eu disse
 - Quero conversar com você – ele disse
 - A gente não tem nada pra conversar.
 - Tem sim Jessie. Eu preciso te contar o que aconteceu.
 - Não precisa não, eu vi com os meus próprios olhos  - Jessie... Aquilo tudo foi armação da Emily – disse ele. Nessa hora, sinto o primeiro pingo de chuva no meu braço.  - Não importa Nick. Se você gostasse mesmo de mim, não teria caído na dela. Tudo bem, pode até ter sido armação, mas você também a beijou. 
 - Jessie, por favor... – disse ele. A chuva começou a cair, e eu não sabia mais se o que estava no seu rosto eram lágrimas ou as gotas da chuva.
 - Nick, você me magoou, muito, não sei se posso voltar atrás.
 - Jessie, eu gosto de você. Muito. Eu não queria te machucar.
 - Eu não consigo mais acreditar. – eu disse, me afastando.
 - O que eu preciso fazer pra ganhar o seu amor? Me diz Jessie. O que eu preciso fazer pra ter você de volta?
 - Prova. Prova que tudo o que você me disse aqui é verdade. Prova que gosta de mim. – eu disse, indo embora. Dessa vez, o Nick não me seguiu, ele simplesmente se sentou na areia, no meio de toda aquela chuva, e ficou lá, sem fazer nada. Eu dei uma última olhada pra ele e fui embora, chorando.

  No caminho inteiro de volta pra casa, pensei nas palavras que ele me disse. Será mesmo que ele gostava de mim? Que era tudo uma armação? Tá legal, eu sei que foi uma armação, mas ele também beijou ela, eu vi, não tem como disfarçar isso. Mas será mesmo que ele não quis me magoar? Depois de tudo isso, todos os anos que convivi com o Nick não valeram de nada, eu não o conhecia mais.
  Voltei pra casa ensopada, o que foi bom, assim ninguém via as minhas lágrimas.
 - O que aconteceu com você? – perguntou o Mike, assim que eu entrei em casa.
 - Peguei chuva ué – eu disse. Nossa, às vezes esse meu irmão era tão... idiota
 - Onde você estava?
 - Na praia. Fui dar uma volta. Ai começou a chover e eu voltei pra casa. Agora eu posso tomar banho?
 - Pode sim, só cuidado pra não pegar resfriado
 - Não, tá louco é? Eu tenho show amanhã – eu disse, subindo as escadas. Tomei um banho bem quente e já coloquei meu pijama.
  Enquanto leio O Filho de Netuno (sério tô lendo mesmo... hahahahaha) (eu tava lendo quando posteia história pela 1° vez ano passado kkkkkkk) alguém bate na minha porta.
 - Entra – eu gritei, entretida na leitura
 - Para de ler menina, aff – disse uma vozinha que eu já estava com saudades. Olhei pra cima e vi o Josh, parado na minha porta.
 - Josh! – eu gritei, enquanto o atacava. Eu estava com muitas saudades dele. Como eu podia ter saudades de um irmão que eu conheci a apenas uma semana? E que foi embora a apenas cinco dias? Eu não sei, mas que eu estava com saudades dele... Ah, isso eu estava.
  Outra coisa que eu não entedia: Como ele me conhecia?
 - O que aconteceu? Sua cara não está tão boa assim – disse ele, me analisando.
 - Ah, nada demais. Não liga não, eu estou bem. E você? Quando vem pra cá de vez?
 - Venho duas semanas depois do Ano-Novo. – disse ele, olhando pro livro que eu tinha acabado de abandonar – Rick Riordan é? Semideusa?
 - Claro. Filha de Apolo, do Acampamento Meio-Sangue. E você? (de verdade eu sou filha de Atena, quem quiser saber...)
 - Super fã. Sou filho de Vulcano, do Acampamento Júpiter. Ah, o Mike ronca?
 - Não, por que?
 - É que minha mãe não veio. Vou ter que dormir com o Mike. Ele não rouca mesmo né?
 - Não, ele só fala quando dorme, o que pode ser pior – eu disse, rindo
 - Ah meus deuses... – ele disse, me fazendo rir. Conversamos mais um pouco, jantamos e eu, o Mike e o Josh vimos uma maratona de séries: The Vampire Diaries, Once Upon A Time, Pretty Little Liars, e, principalmente, rimos muito com The Big Bang Teory.
  No final, colocamos uns colchões na sala e dormimos lá mesmo, rindo com as loucuras inteligentes do Sheldon.